A Ditadura da Religião


Desde os primórdios da Humanidade uma instituição vem se mostrando intacta. Enquanto todas as outras caiam, ela se mostrava rija como um pilar de aço e concreto. A religião se fez engendrar de tal forma no cerne do pensamento do Homem, que esse já não consegue mais se livrar dela. A 10.000 anos as crenças eram outras os deuses eram outros, porém, a instituição que mantinha o domínio da população era a mesma.
Para entendermos o porque, devemos primeiramente entender qual o significado da palavra religião. Religião, do latim Religare, religar ligar de novo, a religião foi criada com a função de religar, no nosso caso, o homem ao ser transcendental, aos Deuses no caso de sociedades politeístas ou a Deus em sociedades monoteístas. Ao longo dos anos, a função de “religar” o homem foi a que ela menos se dedicou, instaurando uma ditadura cruel e desumana que sacrificava vidas e fazia com que as pessoas oferecessem até o que não tinham e ao longo do tempo o pilar dessa equação permaneceu o mesmo, se atualizando com o passar dos anos em formas mais sofisticadas de aplicação. Porém uma coisa não mudou em absolutamente nada, que foram as pessoas por detrás do instituto da religião, sempre em busca de riquezas e poder, poder esse que se perfazia na dominação religiosa. A punição transcendental, ou pós-morte foi e ainda continua sendo uma das ferramentas mais eficazes de dominação do povo, pois ela mantém sob seu jugo até pessoas tidas como esclarecidas, essa punição se debruça sobre a idéia de um Deus ou Deuses que são bons e maus, porém sem reconhecer esse lado mau. Para esclarecer as coisas voltemos à nossa infância, onde nossos pais sempre diziam: “... menino não faça isso, senão Deus irá te castigar!” , ou ainda , a exemplo da Bíblia, quando tomado por uma ira colossal, Deus destrói Sodoma e Gomorra devido à mencionada ação libidinosa desses povos, ou ainda quando ele inunda a terra com uma chuva de “quarenta dias e quarenta noites”. Dessa forma fica mais compreensível a personalidade má e vingativa de Deus, que entra em contradição com sua bondade infinita, amabilidade inquestionável, mansidão absoluta dentre outros adjetivos nos ensinados durante nossa catequização. A Igreja, como objeto da religião teria o propósito de religar o homem á Deus ou qualquer outra entidade metafísica como dito anteriormente, porém a Religião como objeto da Igreja, se perfaz em objeto de dominação. Vejamos o jugo da igreja Católica Apostólica Romana, que durante mais de 1800 anos desde a fundação de sua dogmática por Constantino no séc. IV d.c., manteve um reinado absoluto de poder, injustiças, morte, destruição e tantos quantos outros adjetivos que expressem o que há de pior para se descrever a respeito de algo. Se não acredita veja o caminho de sangue trilhado pelas Cruzadas, pela Inquisição espanhola, com o pagamento de Indulgências, dentre outras práticas cruéis e desumanas. Quando o grande pensador Karl H. Marx adicionou em seus escritos a frase “a religião é o ópio do povo” ele nunca esteve tão correto, pois na época o ópio era a moeda de troca dos ingleses com os asiáticos, os primeiros negociavam somente com o ópio os segundos davam o que tinham de mais precioso em termos materiais: sua ceda e suas iguarias, se debruçando sobre o entorpecimento do ópio para fugir da realidade da dominação proporcionada pelo jugo inglês. Nessa ótica a Igreja se manteve e ainda se mantém como o dominador que subjuga o dominado (povo) numa era de obscuridade sem fim, não o permitindo se livrar de seu entorpecimento, pois ele já se encontra viciado e completamente dependente dela. Devemos buscar nossa liberdade através do pensamento livre e sem barreiras, devemos nos libertar desse jugo que nos impede de pensar, que corta as asas de nossos pensamentos, que não nos permite questionar nossa existência nem a existência divina em nossa busca pelo real sentido da vida, universo, e de tudo que nos cerca.

9 comentários:

Anônimo disse...

Muda o nome do blog para "os ateus", é melhor doque ficar tentando passar como pensamento, sendo que vocês não são imparciais.

Thiago Carvalho disse...

Olá...
Como eu tinha falado agora temos mais pessoas postando no blog. Let´cia obviamente seguimos um linha de raciocínio parecida apesar de algumas divergências... Mas nunca o blog teve a intenção de ser parcial, esta iniciativa defende um ponto de vista pelo que parece, muito contrario ao seu (já conversamos muito sobre isso). E creio que você entro no que o blog propõe... Pensar independente de concordar ou não...

Obrigado por acompanhar o blog.

Sandra Costa disse...

hum.. antes de comentar, uma pergunta: além da razão, como trabalhar a parte espiritual?

Wescosta disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Wescosta disse...

Bem letícia, como o Thiago já havia lhe dito anteriormente, mudar o nome do blog para os ateus seria demonstrar um ponto de vista menos imparcial dentro de sua linha de raciocínio. O objetivo, como dito anteriormente, é o de proporcionar o pensamento crítico a respeito de determinadas situações e fatos que ocorrem em "nosso mundo manipulado". O descrito no artigo acima exposto, se funda em fatos históricos e para encerrar, o objetivo deste blog já está se concretizando, pois se o que você leu provocou seus instintos a ponto de fazer você tecer um breve comentário, você já começa a pensar criticamente.
agradeço pelo comentário.

Anônimo disse...

A postangem fico mais bonita com a foto... Wesley eu ainda acho que deveria ser de uma forma mais informativa e menos agressiva como vcs colcam aqui... e eu gosto bastante deste assunto... so q em um determinado momento acredito q esse tipo de pensamento deixa passa ser um ateque não só a intituição como ao seus seguidores...

Wescosta disse...

Cara Sandra
Obrigado por postar! Gostaria de lhe dizer que a crítica foi para o "mau uso da religião", que ao longo dos anos vem tendo seu real propósito desvirtuado. Eu particularmente acredito na sobreposição da razão em relação ao transcendental, porém admiro muito as religiões orientais como budismo, xintoismo, taoismo, dentre outras devido a visão de mundo proposta pelas mesmas. Gostaria de deixar bem claro que a posição exposta no blog e de cunho pessoal e em momento algum tive a intenção de desrespeitar as crenças alheias, mas sim propor a reflexão crítica da atual situação em que o instituto da religião se encontra.
Novamente agradeço a postagem!

Wescosta disse...

Prezada Leticia
Como de praxe, agradeço pela postagem e de fato admito que tem um tom bastante pessoal em meus textos, porém todas as informações ali contidas são de cunho histórico, sendo que você poderá buscar em livros ou na internet informações sobre os escritos no post. Novamente frizo que minha intenção não foi e nem será de a de atacar aos seguidores, mas sim de atacar a hipocrisia destas instituições e, através da razão, proporcionar uma visão crítica da realidade que nos cerca. Agradeço por você nos acompanhar, e como esse assunto é muito polêmico teremos mais postagens sobre ele.

Luiz disse...

E ai camarada!
Ja leu o livro "Malleus Maleficarum" ???

Um abraço,
Luiz (Fead, 9B)

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